quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Noivos surdos têm cerimônia de casamento em Libras no Amapá

O casal Tomé Júnior e Suelenne Souza, ambos com deficiência auditiva, realizaram o sonho de se casar numa cerimônia celebrada em Libras( Língua Brasileira de Sinais ), por um padre também surdo, no Amapá. O matrimônio foi no dia 25 de maio de 2015, em uma igreja na capital. A bênção pelo sacerdote do Paraná, foi uma surpresa aos noivos, organizada pelos amigos. A Rede Amazônica no Amapá registrou o momento.
Tomé contou que ter o casamento celebrado por um padre surdo era um sonho. Ele e Suelenne ficaram noivos em janeiro de 2015. O casal se conheceu há quatro anos, durante um curso de libras.

O noivo disse que chegou a conhecer através da internet o sacerdote curitibano Wilson Czaia, que também é deficiente auditivo.
"Era um desejo nosso, pois o próprio padre disse ao meu marido que queria muito vir para cá, mas a agenda dele não estava conciliando com a data do nosso casamento", disse Suelenne.
O que os noivos não sabiam, porém, era que um grupo de amigos do casal preparava uma surpresa para o dia do matrimônio. Eles haviam comprado as passagens aéreas para o padre, que iria aparecer de surpresa na igreja.


O seminarista Wendel Chaves, do Pará, também ajudou com a surpresa. Ele anunciou, momentos antes do casamento iniciar, que o padre que faria a celebração não compareceria, e que, portanto, a cerimônia deveria ser remarcada.

"Após eu falar que não teria mais casamento eu pedi para eles [casal] olharem para trás, e eles viram o padre Wilson [do Paraná] entrando pela porta", contou.
Momento em que seminarista anuncia surpresa para casal de surdos (Foto: Cassio Albuquerque/G1) 
Momento em que seminarista inicia a cerimônia para o casal de surdos (Foto: Reprodução/TV Amapá)
A seguir o vídeo da cerimônia:
A presença do sacerdote curitibano e do seu intérprete na igreja emocionou noivos e convidados. Ele disse que a experiência valeu a pena.

O Sacerdote relatou que "Foi um pouco difícil chegar, mas conseguimos. Foram sete horas de viagem até Macapá". Emocionada, Suelenne  relatou ter vivido  uma experiência única.

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